quinta-feira, 16 de outubro de 2008

The Raven Queen


O C escreveu um pouco sobre a raven queen e reproduzo seu texto aqui, pois além de o achar bem legal, no futuro também quero fazer alguns links a ele. Valeu C!

Para os mortais, a morte é uma coisa desconfortável e uma deidade que busque apaziguar esse desconforto é sempre bem-vinda, mesmo que ela pareça fria ou indiferente, ou talvez seja interpretada como algo que nós tipicamente vimos como vil ou cruel.

Quando mortais pensam na morte, eles gostam de acreditar que a sua jornada no pós-vida será guiada com graça e dignidade. Eles temem as complicações que um funeral inadequado pode trazer. Eles também temem os horrores da não-morte, e quem não iria? E se minha alma ficar presa para sempre? Será o meu corpo animado usado para fazer mal aos outros e profanar a bondade e o que é justo?

Heróis vivem no limiar entre a vida e a morte mais vezes do que se pode contar e vêem coisas mais incríveis e terríveis do que se pode imaginar como parte de sua rotina, mas imagine esses pensamentos para um fazendeiro do interior, que vive uma vida simples e honesta com sua esposa e filhos. Que tragédia seria tão blasfemo estado recair sobre os membros da família do pobre fazendeiro?

E o que há de ser confrontado? O pesar é um sentimento que nós urgimos em passar depressa. Buscamos eliminá-lo, ou aliviá-lo de qualquer forma que pudermos. Embriagamos nossos sentimentos em torpor. Brindamos à memória dos que partiram para sentir prazer por apenas um momento. No fim do dia o pesar estará para nos ensinar a aceitar a morte com estoicismo e simplesmente tentar não pensar muito nisso.

A Raven Queen nos ensina como lidar com essa dor. Ela nos ensina os perigos da não-morte e como isso profana a natureza das coisas. Ela nos ensina que o destino vai nos encontrar cedo ou tarde, então temos tempo para nos preparar e aceitar nossa dor. Em muitas formas, ela é uma deusa do conforto mortal e guia pacifica aos que partiram - mas esta é apenas uma de suas faces.

A morte pode ser cruel e inclemente. A Raven Queen não atende suplicas, ouve argumentos, não discute. A morte pode ser brutal e inadequada. Ela não se importa se é o momento certo na visão dos mortais, se é uma morte honrosa ou dolorosa e aparentemente sem propósito, ela não se importa, ela não julga entre bons ou maus, entre ricos ou pobres, saudáveis ou enfermos. Só existem dois tipos de mortais para a Raven Queen: aqueles para quem a hora chegou, e os que ainda não.

De todos os deuses, certamente é a mais onipresente em nossas vidas, pois a Raven Queen é ninguém menos que a própria morte.

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